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Cesta básica em Feira de Santana registra leve queda em junho, mas acumula alta de 7,52% em 12 meses

 Tomate e café puxaram os aumentos no mês, enquanto farinha e banana tiveram as maiores quedas; cesta representa mais de 40% do salário mínimo líquido do trabalhador



O valor da cesta básica em Feira de Santana foi estimado em R$ 574,41 no mês de junho de 2025, de acordo com o levantamento “Custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”, realizado pelo curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). O valor representa uma queda de 0,62% em relação a maio.

A pesquisa considera os 12 itens alimentares definidos pelo Decreto-Lei nº 399/1938: arroz, feijão, farinha, carne, tomate, banana, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga. Desse total, seis produtos apresentaram aumento nos preços médios, com destaque para o tomate (5,45%) e o café (3,33%). Já as maiores reduções foram da farinha (-8,86%), influenciada pela maior oferta do produto no período, e da banana-prata (-7,99%), reflexo da safra de inverno.

Variação trimestral e anual

Apesar da queda registrada em junho, o valor da cesta básica acumula alta de 2,20% no trimestre (abril a junho) e 7,52% nos últimos 12 meses (junho de 2024 a junho de 2025). Entre abril e junho, sete itens registraram queda: arroz, açúcar, banana-prata, farinha, leite, manteiga e óleo de soja. No entanto, os aumentos em produtos como café, tomate, pão e carne superaram as reduções, mantendo a tendência de alta.

No acumulado dos últimos 12 meses, os maiores aumentos foram observados nos preços do café, da carne e do óleo de soja, enquanto arroz e açúcar apresentaram as maiores quedas. A análise da UEFS também identificou duas fases distintas nesse período: uma de queda nos preços entre junho e outubro de 2024, e uma de alta de outubro de 2024 até maio de 2025.

Composição da cesta e impacto no salário

Entre os produtos que mais pesaram no custo da cesta básica em junho, destacam-se carne, pão, tomate e banana-prata. Já arroz, açúcar e óleo de soja foram os itens de menor peso no custo total.

Os gastos com o café da manhã (pão, manteiga, café, leite e açúcar) representaram 36,14% do custo total da cesta, totalizando em média R$ 207,62, valor 1,26% menor que em maio. Já os produtos típicos do almoço (arroz, feijão, farinha e carne) representaram 35,83% do custo total, somando R$ 205,80, 0,28% a mais que no mês anterior.

O estudo revela ainda que, em junho, a cesta básica representou 40,91% do salário mínimo líquido (considerando desconto de 7,5% da contribuição previdenciária). Para adquiri-la, um trabalhador com rendimento de um salário mínimo precisaria trabalhar 89 horas e 59 minutos1 minuto e 14 segundos a menos que no mês de maio.

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