Nova Universidade Federal é proposta para Feira de Santana
Na manhã desta sexta-feira (12), Feira de Santana recebeu o anúncio de uma proposta que pode transformar a educação superior da região: a criação de uma nova Universidade Federal com sede no município. O projeto foi apresentado durante o “Café com a Imprensa”, realizado no auditório Paulo Freire, no campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em celebração aos 12 anos do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS).
O diretor do CETENS, Jacson Machado, destacou que mais de 50 instituições já declararam apoio à iniciativa. Segundo ele, a proposta reúne anos de estudos técnicos e diálogo com a sociedade, mas depende principalmente de mobilização política. “A criação de uma universidade é 90% esforço político e 10% técnico. Precisamos do engajamento da sociedade e da imprensa para garantir esse legado às próximas gerações”, afirmou.
A nova instituição terá perfil tecnológico e interdisciplinar, com cursos voltados para energias renováveis, biotecnologia, inteligência artificial, saúde, educação do campo e economia circular. A expectativa é ampliar o acesso ao ensino superior público, reduzir desigualdades e estimular o desenvolvimento econômico e social da região.
O presidente da Comissão Especial do projeto, Fábio Lora, reforçou a importância da participação popular. Ele explicou que já foram criados grupos de trabalho para discutir a proposta pedagógica e estrutural, e que o próximo passo será buscar apoio em Brasília. “Já superamos o desafio de envolver a sociedade. Agora vamos avançar no campo político, apresentando a proposta ao Ministério da Educação, à Casa Civil e à bancada baiana no Congresso”, disse.
A ideia é aproveitar e expandir a estrutura do CETENS, que conta com área urbana e rural, mas também prevê novos investimentos federais para modernização. O professor Josué Melo ressaltou que a universidade precisa nascer conectada às demandas do século 21. “As instituições atuais foram concebidas com a visão do século passado. Queremos uma universidade que olhe para o futuro, que integre ciência, tecnologia e setor produtivo, como acontece em polos de inovação no mundo”, destacou.
A proposta já tem respaldo popular e institucional, mas sua criação depende de aprovação no Congresso Nacional, por meio de lei específica.
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