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Bancários de Feira protestam por saúde mental, manutenção do Saúde Caixa e contra fechamento de agências

 

    Foto: Mário Sepulveda/ FE

Na manhã desta quarta-feira (17), bancários de Feira de Santana realizaram um ato em frente a agências da Caixa Econômica Federal e do Itaú. A mobilização, que faz parte de uma agenda nacional da categoria, teve como foco a defesa da saúde mental dos trabalhadores, a manutenção do plano de saúde da Caixa e a luta contra demissões em massa e o fechamento de unidades bancárias.

O presidente do Sindicato dos Bancários, Eritran Carneiro, explicou que o primeiro ato ocorreu na agência da Caixa, na Avenida Getúlio Vargas, em defesa do Saúde Caixa, plano que, segundo ele, corre risco de inviabilização devido a limites impostos pelo governo federal desde 2017. “Esse teto impede a Caixa de cumprir o acordo coletivo, e hoje os empregados arcam com muito mais de 30% dos custos. Muitos já não conseguem pagar o plano”, destacou.

Em seguida, os trabalhadores protestaram em frente ao Itaú, que recentemente demitiu mil funcionários que atuavam em home office. O sindicato classificou a medida como irregular e inconstitucional, já que demissões em massa precisam ser comunicadas previamente à entidade sindical.

Além da defesa do plano de saúde, os bancários também alertaram para o impacto da pressão por metas dentro das agências, que, segundo o sindicato, tem levado ao aumento de casos de ansiedade, depressão e burnout entre os funcionários. A mobilização também ocorre em sintonia com a campanha do Setembro Amarelo, voltada para a prevenção do suicídio e cuidado com a saúde mental.

O diretor de comunicação do sindicato, Edmilson Cerqueira, chamou atenção para o fechamento de agências em Feira de Santana e região, mesmo diante de altos lucros dos bancos. “Uma cidade com quase 700 mil habitantes, que recebe milhares de pessoas de municípios vizinhos diariamente, não pode ver agências fecharem enquanto os bancos registram lucros bilionários. Isso prejudica a população e aumenta a sobrecarga sobre os trabalhadores”, disse.

O sindicato cobra que órgãos públicos e autoridades acompanhem a situação e pressionem as instituições financeiras a manterem o atendimento presencial e as garantias trabalhistas.

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