Profissionais de saúde são capacitados para atendimento mais inclusivo à população LGBTQIAPN+ em Feira de Santana
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Feira de Santana promoveu, na manhã desta quarta-feira (6), uma capacitação com foco na inclusão e no respeito à diversidade. O tema do encontro foi “Formação e Círculos dos Saberes: Letramento sobre Conceitos e Direitos da População LGBTQIAPN+”.
O evento aconteceu no auditório da Unex, em parceria com o Centro de Promoção à Defesa dos Direitos LGBTQIAPN+ (CPDD/LGBTQIAPN+), e contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, e da chefe da Atenção Primária, Verônica Cavalcante.
Segundo Rodrigo Matos, o objetivo da capacitação é fortalecer a construção de um Sistema Único de Saúde (SUS) mais inclusivo, humano e qualificado no município. “Promover direitos sociais e desconstruir preconceitos. Este é o objetivo desta formação, que busca preparar os profissionais para lidar com as especificidades dessa população, como preconizam os princípios do SUS”, afirmou.
A formação foi direcionada a profissionais que atuam no Consultório na Rua, no Serviço de Fisioterapia Domiciliar e nas equipes multiprofissionais (e-Multis), incluindo educadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais e psicólogos. O conteúdo abordou temas como identidade de gênero, orientação sexual, diversidade e direitos da população LGBTQIAPN+.
Para Bruna Bastos, assistente social e referência em saúde da população LGBTQIAPN+, a capacitação representa um passo importante para um cuidado mais humanizado e livre de preconceitos. “Queremos oferecer um atendimento mais qualificado, acolhedor e representativo, reduzindo a violência institucional que ainda atinge essa população”, destacou.
Durante o encontro, também foram discutidas diretrizes legais e conceitos fundamentais relacionados à equidade no atendimento em saúde. A chefe da Atenção Primária, Verônica Cavalcante, reforçou a importância da qualificação contínua dos profissionais. “Conhecer os direitos e conceitos que protegem essa população é essencial para combater o preconceito e garantir um atendimento mais humanizado nas unidades de saúde”, afirmou.
Fábio Ribeiro, assistente social do CPDD-LGBTQIAPN+ e chefe da Divisão LGBT da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, ressaltou a importância do uso do nome social, do reconhecimento da diversidade familiar – como famílias homoafetivas e transcentradas – e das especificidades de saúde de cada grupo.
“É fundamental entender que mulheres lésbicas, cis e trans, por exemplo, têm realidades distintas e precisam de um atendimento que respeite essas particularidades. Isso está diretamente ligado ao princípio da equidade do SUS”, concluiu.
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