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Fiscalização intensa e restrições afetam vendas de fogos de artifício em Feira de Santana

Comerciantes reclamam de baixa movimentação e dificuldades com novo ponto de venda imposto pelas autoridades

Feira de Santana, 9 de junho de 2025 – As vendas de fogos de artifício em Feira de Santana ainda não ganharam força neste início de período junino. De acordo com comerciantes locais, a movimentação está abaixo do esperado, afetada principalmente por ações de fiscalização e pela retirada dos vendedores de áreas tradicionais de comércio, tanto residenciais quanto comerciais.




Regras mais rígidas para comercialização

Desde 13 de junho de 2024, a Prefeitura Municipal e o Corpo de Bombeiros reforçaram a regulamentação sobre a venda de artefatos explosivos. A medida, que segue os moldes de um decreto adotado durante a pandemia de Covid-19 em 2021, determina que a comercialização só pode ocorrer no galpão localizado na Avenida Sérgio Carneiro, nas imediações do Parque de Exposições.

Segundo os comerciantes, a mudança tem dificultado o acesso dos clientes e comprometido as vendas. Eles argumentam que o novo ponto é distante e pouco atrativo para o público-alvo, composto majoritariamente por pessoas de baixa renda.

Apelo por mais acessibilidade

Uma comerciante, que preferiu não se identificar, desabafou sobre as dificuldades enfrentadas com a nova realidade. Ela afirma que, além da repressão, falta diálogo e alternativas mais viáveis por parte das autoridades.

“Por enquanto está devagar por conta da fiscalização. Ano passado tiraram todo mundo, não quiseram saber se era trabalho ou não. [...] A gente pede às autoridades que disponibilizem um espaço que não seja o Parque de Exposições por ser muito longe”, relatou.

A vendedora também apontou o comprometimento financeiro dos comerciantes, que já investiram na compra dos produtos e agora enfrentam dificuldades para escoar o estoque.

Operação regional combate comércio clandestino

Além das medidas locais, uma operação denominada Brincar com Fogo foi realizada nos dias 14 e 15 de maio deste ano em cidades do Recôncavo Baiano. A ação, coordenada pela Polícia Civil da Bahia em conjunto com a Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC), teve como foco a repressão à fabricação e venda clandestina de fogos de artifício.

Na ocasião, foram apreendidos cerca de 122.400 artefatos pirotécnicos. A operação teve como objetivos principais evitar riscos à segurança pública, coibir o armazenamento irregular de explosivos e proteger trabalhadores em situação de vulnerabilidade.


As expectativas dos vendedores de fogos seguem em compasso de espera. Com a aproximação do São João, eles esperam que as vendas melhorem e que as autoridades flexibilizem as condições atuais de comercialização, equilibrando segurança com acessibilidade.

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