Feira de Santana (BA), 13 de maio de 2025 – O presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, vereador Marcos Lima, revelou nesta terça-feira (13) uma série de irregularidades encontradas na reforma do anexo dos vereadores, obra iniciada na gestão anterior e que já consumiu mais de R$ 4 milhões em recursos públicos.

Segundo ele, uma sindicância instaurada no início deste ano apurou que a empresa responsável pela obra recebeu por serviços que ainda não foram executados, como a instalação do teto, de portas de blindex e de aparelhos de ar-condicionado.
Déficit supera R$ 1,4 milhão
“A auditoria revelou um déficit superior a R$ 1,4 milhão. A empresa foi convocada a se explicar e se comprometeu a concluir os serviços contratados. Já foram investidos R$ 4 milhões, e não podíamos deixar a situação como estava”, afirmou Marcos Lima.
Para possibilitar a finalização da obra, a Câmara firmou um aditivo contratual de 120 dias com a empresa responsável.
Parte do prédio está fechada há meses
A reforma, orçada inicialmente em pouco mais de R$ 5 milhões, recebeu um aditivo de cerca de R$ 3 milhões, mas segue inacabada. Parte do anexo permanece fechada há quase seis meses, e o presidente afirma que o local apresenta riscos à segurança.
“Quem passa em frente vê um escombro. Eu mesmo não entro sem proteção ou sem alguém garantir que não há perigo. O prédio precisa ser finalizado para oferecer condições adequadas de trabalho”, relatou.
Câmara poderá abrir prédio para visitação pública
Marcos Lima também se posicionou favoravelmente à sugestão do vereador José Carneiro Rocha (União Brasil), que propôs abrir o local para visitação pública.
“Já levamos algumas pessoas ao prédio. Antes da retomada definitiva da obra, vamos convocar a imprensa, a sociedade civil e os vereadores para verificar a situação atual. Não tenho dificuldade nenhuma em abrir o prédio”, declarou.
Responsabilidade com o erário
Apesar das críticas à gestão anterior, Marcos Lima evitou politizar a situação e reforçou o compromisso com a transparência e o bom uso do dinheiro público.
“O meu papel é cuidar do erário. Precisamos dar uma resposta à população. Estamos tratando essa questão com o máximo de responsabilidade”, concluiu.
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