Mães protestam por melhorias em escola municipal de Feira de Santana
Infraestrutura precária, falta de higiene e ausência de segurança motivam manifestação na Escola Maria Helena de Queiroz
Feira de Santana, 29 de maio de 2025 — Um grupo de mães realizou na manhã desta quinta-feira (29) uma manifestação em frente à Escola Municipal Maria Helena de Queiroz, localizada no conjunto Fraternidade, em Feira de Santana. A mobilização denunciou as condições precárias da unidade, que enfrenta problemas estruturais, acúmulo de lama, brinquedos quebrados e mato alto em áreas de lazer e circulação.
As informações e imagens são do site Acorda Cidade.
Risco para os alunos
De acordo com os relatos das manifestantes, as crianças convivem diariamente com espaços mal higienizados, risco de acidentes e possível contato com animais peçonhentos devido à vegetação alta. Há também constantes faltas de itens básicos de higiene, como papel higiênico.
“Uma vez, foi comunicado que tinham de liberar os alunos às 10h porque não havia papel higiênico. O fundo da escola está cheio de mato, e tem sala com o forro caindo”, relatou Daniela Alves, mãe de um aluno de 10 anos.
Lorena, mãe de uma criança de quatro anos, reforçou a necessidade de uma reforma completa. “Já tem muitos anos que essa escola continua a mesma coisa. É sempre promessa e nada se resolve.”
Estrutura e segurança comprometidas
Jaqueline Oliveira, outra mãe presente no protesto, descreveu uma série de deficiências enfrentadas na escola. “Tem banheiro interditado, água empoçada, cadeiras faltando, falta de professores e cuidadores, matagal por toda parte, ausência de área de lazer, estrutura sem ampliação e sem sinalização de trânsito. As crianças correm risco até para atravessar a rua. O fardamento ainda nem chegou.”
Violência estrutural
Marinalva Soares, integrante da Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate à Violência, também participou do ato. Para ela, as más condições da escola representam um tipo de violência contra os estudantes.
“Uma escola sem condições adequadas é uma forma de violência. Tem buraco na frente da escola, uma mãe caiu e machucou o rosto, tem lixo acumulado. Isso precisa mudar”, destacou.
Marinalva também informou que representantes da Secretaria Municipal de Educação (Seduc) estiveram recentemente na escola, mas não convocaram os pais para participarem da reunião. “Queremos ser ouvidos. Se o secretário vai vir, tem que estar com a comunidade, ouvindo nossas reivindicações”, concluiu.
O site Acorda Cidade, responsável pela cobertura do protesto, informou que solicitará um posicionamento da Secretaria de Educação sobre as denúncias apresentadas pelas famílias.
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