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Familiares pedem justiça após assassinato de Edmárcio "China"; mulher confessa o crime, mas ainda não foi presa

Feira de Santana, 6 de maio de 2025Familiares e amigos de Edmárcio Azevedo de Jesus, conhecido como China, assassinado em sua residência no bairro Gabriela, em Feira de Santana, realizaram uma manifestação na noite desta terça-feira (6) em frente ao Complexo de Delegacias no bairro Sobradinho. O objetivo foi cobrar justiça pela morte do homem de 51 anos, que era proprietário de uma academia local. A mulher que confessou o crime ainda não foi presa.



Relato da mulher e desconfiança da família

A mulher, que se apresentou à delegacia na sexta-feira, 25 de abril, alegou que mantinha um relacionamento de dois meses com a vítima, e que o assassinato ocorreu após uma ameaça de Edmárcio, que não teria aceitado o término da relação. Ela afirmou ter cometido o crime em legítima defesa.

No entanto, a família da vítima refuta essa versão. Maria Aparecida Azevedo de Jesus, irmã de Edmárcio, afirmou que o crime foi premeditado e conhecia a mulher que confessou o assassinato. Segundo ela, a cena do crime indicaria que a mulher não agiu sozinha, uma vez que a porta estava aberta, não houve arrombamento, e itens como celulares e uma arma da vítima desapareceram após o crime. "Ela dopou ele, não existe isso de uso de drogas", afirmou Maria Aparecida.

Cobranças por respostas

Édson Mariano, irmão de Edmárcio, também questionou as alegações da mulher, afirmando que os pertences da vítima não foram encontrados. Ele relembrou que Edmárcio era evangélico, não usava drogas e levava uma vida regrada, focada no trabalho e na criação de animais. "As declarações dela são mentirosas", desabafou Édson.

Larissa Herrera de Jesus, filha de Edmárcio, também se manifestou emocionada, pedindo justiça e lamentando a perda do pai. "Ele era um homem trabalhador, só queria o seu. Cada dia que passa é um vazio", disse.



Investigações e próximos passos

O delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios, informou que as investigações estão em andamento e que a polícia aguarda o laudo cadavérico para confirmar se havia drogas no corpo da vítima, conforme alegado pela autora. Além disso, a polícia busca localizar as armas de fogo que pertenciam à vítima e foram levadas após o crime.

O delegado também afirmou que está sendo realizada uma quebra de sigilo telefônico para verificar as supostas ameaças feitas por Edmárcio à mulher. A prisão preventiva da autora ainda está em análise, mas depende da decisão do judiciário após o término das investigações.

Familiares e amigos de Edmárcio seguem pressionando as autoridades por uma solução rápida e justa para o caso.

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