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Júri popular de PM acusado de matar empresário em Feira de Santana é adiado

 

O júri popular do policial militar Roberto Costa Miranda,
acusado de matar o empresário José Luiz Borges Santos, em julho de 2024, foi adiado nesta terça-feira (12) em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia.

A juíza Márcia Simões acatou pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que apontou indícios de falso testemunho no depoimento da esposa da vítima. Segundo a promotora Marina Neves, a testemunha afirmou que José Luiz possuía uma arma de fogo no local do crime, informação que teria sido omitida anteriormente. Ela alegou ter escondido o fato por supostos abusos sexuais cometidos pela vítima contra a própria filha.

“Existem indícios de falso testemunho que não podem influenciar os jurados a ponto de tirar a soberania do Tribunal do Júri”, disse a promotora.

O MP solicitou novas diligências e a abertura de um inquérito para apurar o suposto crime. Como o pedido de adiamento partiu da acusação, a promotoria considerou plausível que o réu aguardasse o novo julgamento em liberdade.

O que diz a defesa
O advogado do policial, André Nino, afirmou ter sido surpreendido pela informação sobre a arma e disse que ela reforça a tese de legítima defesa.

“A defesa estava convicta de buscar a absolvição. Essa informação seria um elemento a mais para respaldar a nossa tese”, declarou.

Medidas cautelares
A juíza concedeu liberdade provisória a Roberto Costa Miranda, com as seguintes restrições:

  • Manter o endereço atualizado;

  • Informar onde está lotado;

  • Não se aproximar de testemunhas, especificamente mãe e filha da vítima;

  • Não praticar crimes.

A sessão começou às 9h30, durou cerca de cinco horas e foi encerrada antes que todas as testemunhas fossem ouvidas. Não há nova data para o julgamento.



Relembre o caso
O crime aconteceu na tarde de 22 de julho de 2024, dentro de um lava-jato no bairro Brasília, em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. A vítima, José Luiz Borges Santos, de 41 anos, era dona do estabelecimento e estava trabalhando no momento em que foi baleado.

Um policial militar, lotado na 22ª Companhia da PM em Valença, no baixo sul da Bahia, é apontado como suspeito de efetuar os disparos. Câmeras de segurança registraram o homem armado entrando no local, perseguindo a vítima e atirando várias vezes.


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