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Festival de Sanfoneiros celebra fusões musicais e reafirma tradição nordestina em Feira de Santana

14ª edição do evento homenageia mestres da sanfona e destaca novos talentos de diversas regiões do país



Feira de Santana, 24 de maio de 2025 – O Centro de Convenções foi palco, na noite desta sexta-feira (23), da 14ª edição do Festival de Sanfoneiros, que neste ano trouxe como tema “Fusões Sonoras”. O evento propôs uma reflexão artística sobre o diálogo da sanfona com outros instrumentos musicais, explorando arranjos inovadores e celebrando a riqueza da música regional.

Promovido anualmente, o festival reuniu sanfoneiros de diversas partes do Brasil e consolidou-se como uma das principais vitrines para a valorização da música nordestina e do acordeon como símbolo cultural da Bahia e do país.

Valorização da identidade cultural

Para o secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Feira de Santana, Cristiano Lôbo, o evento vai além da música.
“É muito mais que um festival, é o resgate da cultura, é o empoderamento, é a valorização das raízes nordestinas. Feira de Santana se engrandece num momento como esse, porque o forró e a sanfona fazem parte da nossa tradição”, afirmou.

Durante a cerimônia, o mestre Baio do Acordeon foi homenageado com uma escultura em madeira, criada pelo artista plástico feirense Mateus Guimarães, em reconhecimento à sua contribuição para a música nordestina.



Apresentações e categorias

O festival contou com apresentações de nove sanfoneiros, divididos em quatro categorias:

  • Categoria Nacional:

    • Andrezinho (São Luís-MA)

    • Jean Panisson (Dois Vizinhos-PR)

    • André Leal (Caruaru-PE)

    • Romário Acordeon (Santa Rita-PB)

  • Categoria Regional Nordestina até 8 Baixos:

    • Luan dos 8 Baixos (São Bernardo do Campo-SP)

    • Ivison (Caruaru-PE)

  • Categoria Regional Nordestina acima de 8 Baixos:

    • Felipe Sanfoneiro (Juazeiro do Norte-CE)

    • Angelo Gabriel (Olinda-PE)

  • Categoria Infantojuvenil:

    • Arthur (Caruaru-PE), de apenas 7 anos, que estreou no festival ao lado do pai, Ivison

Depoimentos emocionantes

Veterano no festival, Ivison falou sobre a emoção de dividir o palco com o filho.
“Cada participação é como se fosse a primeira vez. Carregar esse instrumento no peito é uma grande responsabilidade. Estar aqui com meu filho Arthur, tocando o oito baixos, é uma fusão sonora que representa a continuidade da nossa tradição.”



Luan, de São Bernardo do Campo, reforçou a importância de manter viva a tradição do Oito Baixos:
“A cena de forró em São Paulo é imensa, mas poucos tocam o Oito Baixos. Nossa missão é inspirar a juventude a tocar esse instrumento, não só como herança, mas como paixão.”

Tradição e inovação

Mais do que uma celebração da música, o Festival de Sanfoneiros reafirma Feira de Santana como referência na valorização da cultura nordestina. A sanfona, protagonista da noite, foi exaltada como símbolo de resistência, inovação e continuidade de um legado que atravessa gerações.

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